Artigo 7 - Odontologia na aldeia: a saúde bucal indígena numa perspectiva antropológica
Autores: Eliseu Vieira MACHADO JR , Marco Antonio Manzano REYES & Ricardo Lopes DIAS
RESUMO
Em Saúde Pública, o sucesso de uma determinada ação passa pela sua aplicabilidade a qualquer e todo segmento da população – rica e pobre, indígena e não indígena, entre outras categorias – satisfazendo a definição de Saúde preconizada pela Organização Mundial de Saúde como “completo bem-estar físico, mental e social”, e a universalidade e igualdade do direito à saúde norteada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, de acordo com a Constituição Brasileira. A Saúde Bucal, parcela imprescindível desse perfil de saúde desejado, é o foco deste trabalho. No contexto dos povos indígenas – que têm garantido pelo próprio Estado Nacional o direito de se manterem em suas especificidades culturais -, percebe-se um grande distanciamento entre a odontologia ocidentalizada e os seus saberes tradicionais nessa área. Esses saberes conduziram por gerações no passado pré-contato e, em alguns casos, perduram até os dias atuais. A proposta é, portanto, uma relação dialógica e construtiva para uma odontologia efetivamente viável e funcional na aldeia e, para tanto, apresenta a profissionais de saúde bucal, instituições competentes e interessados, uma noção antropológica do indígena e dos elementos dentais em sua perspectiva. Dessa forma, o indígena passa da condição de objeto - enquanto mero “paciente” de consultório - a sujeito, parceiro na resolução de seus próprios problemas bucais, tendo também o profissional de saúde melhor compreensão do universo sociocultural indígena e as implicações desse nas suas atividades na aldeia. A pesquisa é de caráter causal e o método usado é o dialético.
Palavras-chave: Odontologia; Saberes Tradicionais; Saúde Bucal.
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